CCAH defende reabertura do curso de gestão e abertura do curso de economia no polo da UAç na ilha Terceira

A Direção da CCAH solicitou à Senhora Reitora da Universidade dos Açores (UAç), uma audiência, aquando da presença do seu Presidente, Marcos Couto, em Ponta Delgada para participar na reunião do CESA, com o intuito de propor a abertura de um curso de Economia no Polo da UAç na Ilha Terceira, bem como a reabertura do curso de Gestão que tanto sucesso teve.

Fruto da falta de visão e empenho dos anteriores dirigentes da UAç e do seu Departamento de Economia e Gestão ao longo dos últimos anos, chegámos a um ponto em que o Curso de Economia abriu este ano com 5 alunos, sinal claro da sua falta de qualidade e modernidade académica. A Universidade dos Açores, tal como uma grande parte da sociedade açoriana, tem estado adormecida no tempo, sem a dinâmica nem a capacidade de renovação que se exige, cristalizada em hipotéticos pequenos poderes que têm vindo a travar o desenvolvimento dos Açores. A abertura de um curso de economia, com as necessárias e urgentes adaptações curriculares, bem como a reabertura do curso de gestão é importante para a alteração do paradigma de desenvolvimento dos Açores e para a renovação que a UAç necessita, bem como para o seu necessário e vital crescimento. O centralismo, mais uma vez, deixa os seus dramáticos resultados bem patentes.

Neste processo de renovação e evolução da UAç e da sociedade açoriana, entende esta Câmara do Comércio que urge igualmente a abertura de cursos de natureza politécnica, nos seus 3 campos Universitários. Os cursos politécnicos têm uma estrutura docente e de funcionamento muito mais versátil e moldável às necessidades dos Açores e da formação da nossa sociedade, permitindo, assim, fixar mais população qualificada, estabelecer uma ligação de ensino superior mais forte com as escolas profissionais da Região, respondendo ao atraso educacional que os Açores vivem.

Sem estas duas alterações, a UAç continuará o seu caminho de declínio, dirigindo-se a passos cada vez mais largos para uma inutilidade social e alvo de ridicularização académica a nível nacional.

Do ponto de vista financeiro esta é uma alteração urgente e que levará, consequentemente, a um aumento do número de alunos e a uma diminuição dos custos associados aos recursos humanos, aumentando, assim, a rentabilidade e afirmação da instituição, nunca descorando a sua raiz de cariz universitário.