CCAH apresenta queixa do deputado Paulo Moniz

A Direção da CCAH vem por este meio lamentar e criticar a forma desrespeitosa, pouco profissional e intelectualmente desonesta, como o Deputado à Républica do PSD, Paulo Moniz, tratou esta instituição centenária e como tal, de forma indireta, todos os seus Associados e Habitantes das Ilhas Graciosa, São Jorge e Terceira.

Com efeito, no passado mês de janeiro a CCAH reuniu, separada e presencialmente, com todos os Deputados à Assembleia da República, do PS e PSD. Desde logo começámos por registar que o Sr. Deputado Paulo Moniz, foi o único, repetimos, foi o único, que não se deslocou à sede desta instituição, na Ilha Terceira, para o referido encontro, tendo sido o único que reuniu remotamente. Não vamos falar sobre as justificações apresentadas. Em causa estavam vários assuntos de interesse para os Açores, entre os quais, a ligação por cabo dos Açores ao Continente e Madeira, conhecida como anel CAM. Nesse encontro fomos informados, pelo Sr. Deputado, que a opção que estava a ser publicamente discutida nunca tinha sido apresentada no parlamento. Sendo que, inclusivamente, o Sr. Deputado, numa interpelação ao Sr. Ministro, lhe teria causado grande embaraço. Perante tal informação e o total desconhecimento da situação desta instituição sobre o sucedido, aceitámos as explicações apresentadas, sempre com base na boa-fé e na ética das relações pessoais e institucionais. Terminámos este assunto questionando o Sr. Deputado sobre qual a posição oficial do Grupo Parlamentar do PSD Açores à Assembleia da República sobre o mesmo. A resposta foi que, perante a inexistência de uma solução/definição clara por parte do Governo na República, os deputados não se podiam pronunciar. Acrescentou ainda que, quando essa opção existisse, o grupo parlamentar iria estudar o assunto e emitir uma posição. Não satisfeitos com a resposta e as paupérrimas justificações apresentadas pelo Sr. Deputado Paulo Moniz, optámos por investigar um pouco sobre o assunto. Dois dias depois encontrámos na internet este depoimento (https://www.youtube.com/watch?v=5NjALUxRqEI) e, surpresa das surpresas, precisamente no Parlamento, onde, supostamente, o Sr. Deputado exerce a sua atividade, vem este depoimento contradizer tudo aquilo que nos tinha sido transmitido pelo Sr. Deputado Paulo Moniz.

Tendo em conta o exposto, foi enviado um mail com um pedido de esclarecimento aos Srs. Deputados do PSD à Assembleia da República. A esse email apenas respondeu o Sr. Deputado Francisco Pimentel, dizendo que este é um assunto que tem sido liderado pelo Sr. Deputado Paulo Moniz e que, como tal, remetia para o mesmo uma resposta. Após múltiplas insistências, e até ao dia de hoje, nunca obtivemos qualquer reposta por parte do Sr. Deputado Paulo Moniz.

É lamentável que tenhamos de relembrar que o Sr. Deputado é eleito para representar o todo regional e não apenas uma Ilha, como tão clara e desavergonhadamente o Sr. Deputado o faz, sendo absolutamente lamentável a forma facciosa e tecnicamente incompetente como o Sr. Deputado tem lidado com o assunto.

Perante tal situação, e perfeitamente conscientes que, uma vez eleito, o mandato do Sr. Deputado é pessoal, a Direção da CCAH apresentou queixa desta atitude inaceitável ao Sr. Presidente do PDS Açores, Presidente da mesa do Congresso e Presidente do Conselho de Jurisdição, entidades das quais ainda aguarda resposta. O Sr. Deputado Paulo Moniz não se pode esquecer que foi eleito por um partido com a história e a responsabilidade democrática e autonómica como é o caso do PSD, que claramente não tem respeitado e estado à altura. A falta de respeito e cultura democrática revelada pelo Sr. Deputado é inadmissível e inaceitável, aguardando-se que os responsáveis Regionais pelo Partido possam relembrar ao Sr. Deputado que este não está acima de qualquer instituição, muito menos de um partido com as responsabilidades como o PSD-Açores.

A Direção da CCAH não pretende abrir qualquer conflito pessoal e ou institucional com os intervenientes neste processo. No entanto, e perante a gravidade dos factos, não pode deixar que os mesmos passem incólumes, nem que a instituição e os seus associados sejam alvo deste tipo de tratamento desrespeitosos.