Preço do cabaz de compras aumenta em agosto

Preço do cabaz de compras aumentou 7% em comparação com o mesmo período de 2023, passando a representar cerca de 15% do salário mínimo mensal bruto na Região

Em agosto, registou-se um aumento no preço do cabaz de compras, que passou a representar cerca de 15% do salário mínimo mensal bruto na Região Autónoma dos Açores, revela o Relatório de Acompanhamento e Monitorização de Preços Vigiados, publicado pelo Governo Regional.

Segundo o documento, na semana 34, de 21 a 25 de agosto, o preço do cabaz de produtos alimentares subiu para 132,32 euros, valor superior em 7% ao do mesmo período de 2023. Em relação ao mês de julho, em que tinha sido registado o preço mais baixo do cabaz de produtos alimentares de todo o ano de 2024, verificou-se um aumento de 0,5%.

De acordo com a análise realizada, nos estabelecimentos comerciais, vários bens essenciais registaram aumentos de preço em agosto de 2024, quando comparados com o mesmo mês de 2023. Entre os produtos com maiores subidas destacam-se o azeite (47%), chicharro (14%), papo seco (12%) e alcatra de novilho (9%). Em sentido contrário, produtos como cebola (-11%), pera (-8%), farinha (-5%) e cenoura (-4%) registaram quedas significativas.

Refira-se que a monitorização de preços desempenha um papel essencial na promoção da transparência na formação dos preços, apoiando a tomada de decisões políticas com base em dados atualizados. Além disso, fomenta o conhecimento sobre as oscilações de preços no cabaz de produtos vigiados, permitindo uma análise mais detalhada do comportamento dos preços ao longo do tempo.

No que se refere à análise dos preços entre as nove ilhas dos Açores, os produtos com maiores discrepâncias de preços médios foram: chicharro (237%), lombinho suíno (189%), farinha (188%), lombo de novilho (183%) e esparguete (174%).

Por fim, a indisponibilidade de produtos no cabaz alimentar, particularmente nas categorias de carne e peixe, foi mais evidente em várias ilhas do Arquipélago dos Açores em agosto de 2024.

“Durante o mês de agosto de 2024, a ilha do Corvo apresentou uma maior escassez de bens em comparação com as restantes ilhas”, realça o relatório, que explica que a falta de produtos pode ser atribuída a fatores sazonais, ruturas nos fornecedores e constrangimentos nas cadeias de abastecimento, agravados por condições meteorológicas adversas.

 

Açoriano Oriental (26/09/2024)