OCDE revê em baixa crescimento do PIB da zona euro para 1,3% em 2025
OCDE tem apenas previsões para as maiores economias da área do euro, com destaque para a Alemanha, cujas estimativas para 2024 e para 2025 foram revistas em baixa, em 0,1 pontos percentuais (p.p.), para 0,1% e 1%, respetivamente.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) manteve a previsão para o crescimento do PIB da zona euro em 2024 mas piorou para 2025, estimando agora que vai crescer 1,3%, nas projeções económicas divulgadas hoje.
“O crescimento do PIB da zona euro é estimado em 0,7% em 2024 e 1,3% em 2025, com a atividade apoiada por uma recuperação dos rendimentos em termos reais e uma melhoria na disponibilidade de crédito”, destaca a OCDE na atualização do Economic Outlook.
Neste documento, a OCDE tem apenas previsões para as maiores economias da área do euro, com destaque para a Alemanha, cujas estimativas para 2024 e para 2025 foram revistas em baixa, em 0,1 pontos percentuais (p.p.), para 0,1% e 1%, respetivamente.
Já para França, a OCDE reviu em alta em 0,4 p.p. o crescimento de 2024, para 1,1%, piorando em 0,1 p.p. a estimativa para 2025 para 1,2%.
A tendência foi a mesma para a economia italiana, que deverá crescer 0,8% em 2024 (mais 0,1 p.p. face à projeção de maio) e 1,1 em 2025 (menos 0,1 p.p.).
Já para Espanha, as perspetivas melhoram para ambos os anos: 2,8% este ano (uma revisão de 1 p.p.) e 2,2% no próximo (0,2 p.p. acima da previsão de maio).
Quanto à inflação, a OCDE projeta que esta vai atingir 2,4% em 2024 na zona euro, desacelerando no próximo ano para 2,1%, já próximo da meta do Banco Central Europeu (BCE).
Neste relatório, a OCDE deixa também a recomendação global de que “há espaço para reduzir as taxas de juro, mas a política monetária deve permanecer prudente”.
“Nos Estados Unidos e na área do euro projeta-se que as taxas de juro diretoras diminuam mais 1,5 e 1,25 pontos percentuais, respetivamente, até ao final de 2025, aproximando-as de níveis neutros”, sinaliza a organização.
A OCDE destaca ainda que “são necessárias ações orçamentais decisivas para garantir a sustentabilidade da dívida, preservar margem para os governos reagirem a choques futuros e gerar recursos para ajudar a enfrentar futuras pressões sobre despesas.
Jornal Económico (25/09/2024)