Moçambique abre portas aos empresários açorianos

Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo e Câmara do Comércio de Portugal-Moçambique assinam protocolo de colaboração.

O presidente da Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH), Marcos Couto, e o presidente Câmara do Comércio Portugal-Moçambique (CCPM), Rui Moreira de Carvalho, assinaram, ontem, um protocolo de colaboração, no Salão Nobre da CCAH.
Marcos Couto afirma que o protocolo acarreta duas principais vertentes, uma virada para questões comerciais e outra virada para questões sociais.
No que toca à vertente comercial, a ideia é favorecer os empresários de ambas as partes de maneira a potenciar as suas atividades.
"A ideia é os nossos empresários poderem utilizar as instalações da CCPM, em Maputo, para receber possíveis clientes e etc. O mesmo se passa com empresários moçambicanos, ou outros da relação, que queiram utilizar as nossas instalações para reunir, utilizar as nossas bases de dados ou estabelecer parcerias para potenciar negócios", clarificou Marcos Couto.
Em relação à vertente social, o presidente da CCAH apontou que a CCPM tem desenvolvido um trabalho extraordinário a esse nível e que a CCAH pretende seguir o bom exemplo.
"As câmaras do comércio já não são aquilo que eram. Temos muito a aprender com o Dr. Rui Carvalho e com a CCPM, sendo que queremos estreitar esses laços e trazer essa mentalidade para a CCAH. E quem sabe sirva de exemplo para outras ilhas dos Açores e para outras câmaras do comércio ", realçou.
Rui Moreira de Carvalho, presidente da CCPM, agradeceu as palavras de reconhecimento e reforçou a importância da vertente social do protocolo.
"Só há comércio se houver confiança e essa confiança é o melhor protocolo que podemos fazer. Esperamos que o protocolo venha a ter o sucesso que vocês e nós desejamos", disse o presidente da CCPM.
Marcos Couto recordou que um exemplo prático do trabalho virado para a sociedade é o Prémio José Inácio Cardoso promovido pela CCAH, com o apoio da Caixa Económica de Angra do Heroísmo, apresentado em setembro deste ano.
"O Prémio José Inácio Cardoso tem a vertente financeira, mas há também a vertente social, que é um ano de mentoria de Duarte d'Ornelas Pedreira (banqueiro em londres e descendente de Cardoso). Isso é algo que para nós é muito mais importante do que provavelmente a parte financeira. Há aqui um conhecimento e uma experiência internacional que este prémio pretende disponibilizar", destacou.
O prémio, direcionado para os jovens que tenham terminado o ensino profissional e para recém-licenciados, foi atribuído no final do dia de ontem a Rebeca Couto (ensino superior) e André Coelho (ensino técnico).

FONTE: Diário Insular